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14 May 2008 03:00

teatro :a utopia que banquei

A princípio antagonistas, Jairo Maciel e eu acabamos nos solidarizando na campanha pelo fortalecimento do Teatro em Joinville e no Estado. Operavam, nesse tempo, dois importantes núcleos de estudo e produção de teatro: o do SESI, com os Grupos Caminhando, Oficina e Cheiro de Vida; e o do Estúdio de Artes Cênicas da Casa da Cultura, com o Cenabreve, o Não Amassa Esse Pão-de-Ló e o Matinada. Paralelamente, eu dava aulas no Centro Social Urbano do Iririú e Jairou fundou, no Celso Ramos, o Grupo Arte & Manha, e na Furj, onde ele próprio estudava, o Teatro Expressão Universitária. São desse tempo atuadores culturais como Silvestre Ferreira, Robson Benta, Eneida da Silveira, Pierre Porto, Beto Terra, Mabel Borges e Syrta da Silveira. Nessa fase foram montados numerosos espetáculos, alguns dos quais se destacaram pela qualidade da produção ou pela ousadia da concepção: Boi de Mamão, Um Lugar Ideal, No País dos Urubus, Bento que Bento Frade!, Clotilde: Brisa, Vento e Cerração, O Quebra-Cabeça e A Fonte lá do Morro Atrás de Casa (que revelaram o compositor Edson Marques dos Santos), Norigama, Grito Latino, Mas que deu, deu! e outros. Em 1987, Jairo Maciel deixou o SESI e procurou-me para dirigi-lo num monólogo com que pretendia viajar pelo Estado. Escrevi para ele Bicho Homem, que acabamos não montando.