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November 2008

No caminho com Rodrigo Madeira

1. Você nasceu em Foz do Iguaçu, em 1979. Veio menino para Curitiba. A descoberta da poesia, onde? Se meus pais me obrigassem a jogar bola, eu acharia uma merda. Se me obrigassem a comer doce, eu teria vontade de vomitar. E foi assim com a leitura. Eu era um menino solto, apesar de muito tímido. Queria soletrar amoras no pé, aprender o alfabeto dos peixes e a última piada de português. Literatura, poesia eram palavras que eu não conhecia. Eu era analfabeto. Fui analfabeto até uns 14, 15 anos. Tudo o que eu lia ou estudava era um exercício de Sísifo. Eu não conhecia a magia negra e a epifania das palavras. Eu fazia análise sintática com o desencanto de um necropsista que escolheu a carreira errada, sem a alegria que eu sentia, por exemplo, ao desmembrar formigas. E quando eu lia alguma coisa que não fosse o gibi da Mônica, aquilo não era uma possibilidade de beleza e descoberta e enigma; aquilo era um pé no saco, uma lição de Português, Comunicação Social na minha época. Eu tirava notas absolutamente medíocres. E era meio dislexo, trocava (ainda troco às vezes) “p” por “b”, escrevia “coisa” com “z”, acentuava “tu” e “cu”. Eu só fazia poesia involuntariamente. E jamais com palavras. Não fui uma criança de tiradas maravilhosas. Fui, isso sim, uma criança muitas vezes constrangedora. Um dia, dentro do avião, comecei a gritar que o sujeito do meu lado era a cara do Cascatinha, personagem do Chico Anísio. Outra vez, falei para um deficiente físico caminhar direito.

September 2008

May 2008

October 2007

May 2006

BADSTRING

Eu sempre vou ter a sensação de estar dançando frevo em cima de cacos de vidro toda vez que ler um poema, ou um livro de Luiz Felipe Leprevost. É uma dança que faz sangrar. Que captura com o ritmo, te coloca em euforia, e quando você menos espera sangra, dói. Mesmo doendo, o ritmo te conduz a continuar, a rasgar a planta do pé, pois é um instante entre o êxtase que leva ao giro empunhando a sombrinha colorida, e a dor que penetra o teu pilar, o teu pé. Ode Mundana captura em ritmo de frevo, o livro que o poeta lançará no próximo mês, contém um único poema, e toda a veia mordaz de Luiz Felipe Leprevost.

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